terça-feira, 26 de junho de 2012
domingo, 24 de junho de 2012
Saudade...
Sabes tão bem o quanto vives em mim...
Quanto me tens a cada dia, num inicio sem fim.
Vivencio-te como alguém real em minhas rimas
Os sentimentos voam, dão asas as lágrimas...
Que renascem sorrindo ao lerem suas palavras.
Nos meus sonhos, nossos pensamentos se atraem.
Todos os sentimentos represados acontecem...
Nas asas que me destes, sinto a liberdade de voar.
Sobrevivendo em mim a vontade desse doce amar
Deixando-me contigo apaixonadamente embalar...
Tornamos-nos livres para sermos pura essência.
Gravamos no tempo o entrelace dessa história...
Escrevo em cada estrofe o querer dessa constância
São para Ti, minhas palavras na assonância...
Sem pensar em ausência, tempo ou distância!
Ofereço para Ti meus dias e noites em sonhos...
É assim que partilho contigo os meus desejos...
Na ausência de sua presença, farei meus versos.
Inspirarei do vento seu perfume que me invade
Tatuando em minha pele: A saudade!
Tatiana Moreira
Imagem de Stanislav Sugintas
Eu sei
Tudo o que é verdadeiro sobrevive ao tempo
Permanece em mim em tudo o que vivi
Fazendo pulsar forte o meu coração
O tempo passa veloz...
E nada muda ou se desfaz
Ainda...
Estão em meus olhos o brilho dos teus
Na minha pele sinto o seu calor
Em minha audição ressoa a sua voz
Os meus lábios guardam o seu sabor
Mas é a minha alma,
Quem mais sente...
E nos momentos de intensa saudade,
Clama ardentemente o nosso reencontro
Eu sei...
Vidas e mais vidas podem passar
E para sempre junto a ti, eu vou estar!
Tatiana Moreira
Imagem de Stanislav Sugintas
sexta-feira, 15 de junho de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Põe-me as Mãos nos Ombros
Põe-me as Mãos nos Ombros...
Põe-me as mãos nos ombros...
Beija-me na fronte...
Minha vida é escombros,
A minha alma insonte.
Eu não sei por quê,
Meu desde onde venho,
Sou o ser que vê,
E vê tudo estranho.
Põe a tua mão
Sobre o meu cabelo...
Tudo é ilusão.
Sonhar é sabê-lo.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Imagem de Katya Gridneva
Tenho Tanto Sentimento
Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Imagem de ElenaYushina