domingo, 2 de dezembro de 2012

“Vem muito devagar Desvendar a nudez”

 

Vem devagar

Na espuma das marés

E descobre que o melhor de mim

É mais do que aqui vês

Vem muito devagar

Desvendar a nudez

Sons de mar, ressonãncias

De música nas mãos e sal nos pés

Búzio que contém

A canção

dos ventos

O ventre do poema, enrolar da vaga

A memória da areia que me afaga

E se estenderes a mão

Talvez

possas tocar, digo talvez

O coração azul cobalto aladamente

O nó que enreda o sonho e tu não vês.

Rosa Lobato de Faria - Ricardo J. Dias

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