segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A morada

 

Cores ao Quadrado

Constroem-se mansões, grandes moradas.
Mil jardins floridos, palácios.
Cuida-se de tudo, pensa-se em tudo.
Da minha morada, queria dizer...
Habitação maior,
Nela vive minha alma.
Minha casa nobre, que em nada é pobre.
Antes sim, espelhos tivesse,
Refletiriam luzes ofuscantes.
De branco brilhante,intenso
Violeta admirável, arrebatador do meu ser,
Próspero, em elevada espiritualidade.
Intenso vermelho, rubro como carmim,
cor do meu sangue e da minha sensualidade.

Tênues e admiráveis semblantes,
Transparências de azul cristalino.
Amarelo dourado, cor da minha doçura,
Representante da minha candura.
Prata, quase anil, vivacidade infantil.
Rosa de exuberante ingenuidade,
Mas de incontida alegria vivaz
Nuances de verde matriz, delirantemente excêntrico.

Se alguém pudesse ver minha morada
E toda a sua estrada,
Veria as cores dos meus sentimentos.
De jardins encantados, cheirando a cravos.

De flores exóticas, de relva mansa.
Com pássaros silvando.
Cantando todos os sonhos meus,
Não tenho vergonha de ninguém
Porque na minha casa tem:
um "sonhador".

Rosy Beltrão

2 comentários:

  1. Que belíssima obra, Rosy!
    Muitas passagens com imagens interessantes, vivas!
    Grande abraço e sucesso!

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  2. Boa noite querido Evandro,
    obrigada e fico feliz por gostar :-)
    beijinhos e muitos sucessos para si também.

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