quinta-feira, 5 de junho de 2014

Diário

Não é o restolhar do vento.
É a tua lembrança
que se ergue em mim.

Não é a rosa do sol a esfolhar-se.
É a minha boca -sede e romã-
que sangra na tarde.

Não é a noite que desce.
É a sombra dos teus olhos
a fechar o horizonte.

Luísa Dacosta

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