terça-feira, 3 de março de 2015

Pássaros

Sou um pouco como os pássaros
Tenho uma sede de lonjura e de infinito
que não se firma nas mãos
que deixa o espírito inquieto
quase à beira da loucura
Tenho essa sede de palavras
em dose diária
quase como uma espinha
atravessada na garganta
que nem me mata nem me afoga
mas que me faz cantar e desejar
que as palavras nunca se me acabem
para que eu me possa soltar
e pelos breves momentos que roçam meus lábios
eu possa me sentir um pouco
assim como os pássaros
de mãos vazias mas infinitamente livre
são reis

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