Soletro o teu nome
devagarinho
como se de uma reza se tratasse
como se a fragilidade de que o revisto
fosse em mim a força do amor.
Digo-te em sílabas
espaçadas
impregnadas dos dias em que te leio
e das noites em que irremediavelmente te espero.
Há dentro de mim um rio
que inunda as margens e me transborda.
E enquanto te digo letra a letra
o teu nome é meu mesmo que o teu corpo não seja
mesmo que nós não sejamos donos de nada.
Margarida Piloto Garcia
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