Pedaço quebrado de tempo,
O instante;
Jazendo entre a palavra,
O silêncio
E o livro na estante.
O tempo não perdoa,
Ele anda depressa,
E para quando bem quer:
Segura, entre os dedos,
O mister.
À janela,
Um pássaro bobo
Deixa um canto descuidado,
Caído,
Escorrendo sobre o reboco.
Vem o tempo, e o silencia,
Vem o tempo e o ressuscita.
Acende a luz da esperança
E assim, ao mesmo tempo,
Apaga as velas da vida.
O tempo não tem paciência,
Não perdoa o desperdício,
Não perdoa a nossa pressa,
Ele passa como quer,
Se encolhe, se estica,
Mas jamais fica.
Ana Bailune
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