domingo, 6 de maio de 2018
Talvez um dia
Talvez um dia
Quando eu tiver as mãos rugosas e calosas do tempo
A minha amada me contemple com palavras
Que beijam as folhas sequiosas do seu escrever
Talvez um dia
Quando eu tiver as mãos rugosas e calosas do tempo
As mãos da minha amada me contemple com meigos gestos
Talvez o tempo não tenha ponteiros
Talvez percorram cintilantes paisagens
Talvez já não seja a mesma que conhecestes em tempo de outrora
Talvez eu seja a morte a chegar na tristeza do teu olhar
Sombras que resvalam em noites de luar
Talvez um dia acaricies as minhas mão rugosas e calosas do tempo e sintas saudades de nos
Talvez um dia olhes para todos os pássaros e vejas a minha alma a sobrevoar como anjos a te proteger
Talvez um dia
Gabriela Vitória
Imagem de Omar Ortiz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário