domingo, 25 de janeiro de 2015

Tão fria

Caminho

Tão fria, tão vazia,
repleta de sentimentos indecifráveis,
coração enfraquecido de tanta dor,
ela era o sofrimento em pessoa,
a mágoa, o medo de amar a consumia muito,
depois de tantas deceções não podia ser diferente,
depois de tanta dor, era o mínimo o que ela podia fazer,
ela era indiferente, porque as pessoas a fizeram ficar assim,
era sua proteção, sua máscara, mas por dentro
ela não era nada disso, mais tinha que ser,
se não seria mais magoada,
Ela era uma garota frágil porém forte, ela tinha carência
de atenção, tinha saudades de uma pessoa que nunca existiu,
sabe quem?
Dela mesma, de uma pessoa que não se apegava,
não se importava, porém “essa pessoa” nunca existiu,
a vontade dela era que ela existisse, mas ela não sabia como.
Ela precisa recuperar os seus pedaços, seus restos, suas migalhas,
seus sentimentos que ainda existiam, eram poucos ela sabia,
mas eram o que restavam. Para ela tudo amargava,
tudo não tinha sabor, principalmente o amor.
O amor era uma das coisas que ela não queria mais em excesso,
assim ela podia se desapegar mais ligeiro, sem sofrimento,
ela sabia que isso era bem difícil de conseguir.
Mas ela tentava ser sempre a garota “grossa, amarga, fria”
com temor que o amor, e as pessoas,
ainda destruíam seu coração e seus sentimentos. E a vontade de
não ser magoada, aumentava muito,
mas ela sabia que isso era impossível.
As “coisas” mais insignificantes a magoavam bastante,
porque ela estava tão enfraquecida, mas ela guardava
pra si mesma, para ser considerada “a forte”,
ela encarava tudo com um sorriso, o sorriso dela
a feria mais do que as suas próprias lágrimas
que ela derramava todos os dias no seu travesseiro
Ela era o devaneio,
o sonho,
a incógnita.
o repúdio.

Oswald Pires

1 comentário:

  1. Quem sabe o que se encontra por trás das nossas máscaras de força e sarcasmo, fragilidade, amor e ódio?
    Bela poesia!

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